sábado, 22 de junho de 2013

“O pior, Anne, é que já existem leis para se combater tanta crueldade. Mas não existe lei que possa colocar amor dentro do ser humano.”


Anne Frank, adolescente judia vítima do Holocausto e famosa por ter seu diário divulgado alguns anos após sua morte aos 15 anos de idade em um campo de Concentração. Depois de ler seu diário, tenho Anne como uma de minha maiores inspirações. Mesmo sendo nova, possuía uma maturidade admirável e uma incrível habilidade com palavras. Ao ler, pude sentir seus mesmos sentimentos sendo passados do livro para mim. (deixo aqui a recomendação da leitura!) 
Mas eu não estou aqui hoje para falar da Anne, mesmo que esse seja um assunto fantástico e inspirador, a questão agora é um pouco diferente. 
Aqui mesmo no Brasil, com mais Clareza, em Minas Gerais mora a doce Lívia Fernanda Mendes que só tem 13 anos. Lívia foi vencedora de um concurso que acontece anualmente nas redes de escola estadual Anne Frank Brasil. A proposta do concurso é escrever uma carta direcionada à querida Frank com o tema "Anne Frank e a cultura pela paz". 
Aqui segue a carta da Lívia: 

"Belo Horizonte, 3 de abril de 2013

Querida Anne,

Meu nome é Lívia Fernanda, tenho 13 anos, moro no bairro Confisco, Minas Gerais, Brasil. Estudo na Escola Municipal Anne Frank.

Anne, é com muita tristeza que recordo sua história, todo sofrimento nos campos de concentração, o extermínio nas câmaras de gás, a crueldade com que os nazistas tentaram exterminar o povo judeu.

Já não era fácil de entender o modo de pensar de Hitler, mas nos dias de hoje continuamos a pensar e agir como ele, pois o racismo continua nas cidades, no interior e, principalmente, no coração das pessoas.

É inaceitável pensar que sou melhor ou pior somente por ter nascido negro ou branco, por ter escolhido uma religião ou pertencer a uma tribo.

Você não acreditaria que até nas escolas existe preconceito. Mas ele vem disfarçado e o seu nome também é diferente. Não é racismo, ele se chama bullying.

O pior, Anne, é que já existem leis para se combater tanta crueldade. Mas não existe lei que possa colocar amor dentro do ser humano.

Conhecendo a sua história, vejo que há uma luz no fim do túnel. Espero que muitos ouçam-me falar de você. Espero que possam entender que o preconceito não leva a nada, apenas gera violência, separação e divisão.

Você, Anne, pode se orgulhar, pois o seu diário, que foi escrito em meio a tanto sofrimento, hoje serve de referência contra o racismo, contra a discriminação, em todas as suas formas. Seja através do preconceito, bullying e outros, podemos usar como exemplo as suas experiências.

Apesar das dificuldades, assim como você, acredito na esperança.

Abraços, Lívia."

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