I became insane with long intervals of horrible sanity.

Primeiramente, desculpas novamente. Estou postando menos do que imaginara. Juro tentar mudar.
Venho hoje com uma playlist com as músicas que mais tenho escutado nas últimas semanas. Músicas dizem bastante sobre o que sentimos, neste caso, um misto de melancolia e cansaço. (Não reclamem! Quem neste mundo consegue não sentir-se deprimido ouvindo The Smiths?)
De qualquer forma, é só isso que queria dizer. Breve atualizarei com filmes e livros que ando assistindo/lendo.
Espero que gostem destas músicas.

Presenciar

É incrível a forma como as coisas vem e te pegam de surpresa. Você talvez jamais se imaginaria pensando dessa forma, porque já haviam te falado sobre isso e você simplesmente não concordou. Mas aí você entende, inesperadamente. E esse fato me levou  hoje a um conclusão: tem certas coisas na vida que não adianta que uma pessoa, e essa pode ser a pessoa que você mais confie, te dizer que aquilo está errado por exemplo, porque você não vai se convencer, não vai acreditar, e sabe porque? Você precisa viver ela, precisa de um impulso dos acontecimentos, um choque com a realidade, você precisa presenciar pra enfim aprender. Porque ouvir é muito inferior a presenciar. Veja, podem te contar com as máximos detalhes possíveis uma viagem, mas jamais será a mesma coisa de você fazê-la. Você chega no lugar e já sabe cada detalhe porque te contaram mas vai ser como se você não soubesse. Outro exemplo é quando sua mãe te diz pra não ir a um lugar porque, vamos supor, tem ratos. E uma pessoa que mal você conhece mente pra você dizendo que não tem e  então você acredita nela e entra naquele lugar. Você não levou em consideração a palavra da sua mãe mas a de um desconhecido? Sim. Mas isso é perfeitamente normal, você precisava viver pra entender. Se sua mãe tivesse te mostrado que lá tinha ratos seria diferente. Claro que se você fosse uma criança você não iria entrar naquele lugar, porque não ia te interessar, quando você é criança você não questiona as coisas. Mas isso só nos primeiros anos, depois você já vai querendo saber a razão das coisas. Você cresce, você tem essa necessidade de entender. Sempre questione, sempre procure entender, faça disso a necessidade principal.

Póstumas desculpas.

Inicialmente, devo desculpas aos meus poucos - quase inexistentes - leitores. Reservei esse espaço para deixar claro as coisas pelas quais me fizeram abandonar o blog e a arte da escrita. Há um nó entalado na goela e creio que a saída está em contar-lhes. Sinto-me mais confortável ao saber que poucos lerão, e ao mesmo tempo, agoniada por ainda assim saber que poucos lerão. Tudo é relevante quando se trata de desabafo. Entretanto prometo ser curta e medir as palavras, pois apenas será necessário uma pequena parcela da verdade. 

O motivo da foto é claro: estou passando por uma fase de transição. De Camila para Verônica. E este é, sem dúvidas, um dos mais claros motivos da ausência. É aquela coisa que Leminski diz, "hoje eu acordei bemol, tudo estava sustenido". Foi então que percebi que já passavas da hora de sustenir. De fato, toda mudança é tênue no início. No início. Agora sinto estar mais ajustada. Se permites dizer, mais qualificada para escrever em um blog. O segundo motivo soa clichê e é: escassez de tempo no relógio. Sou estudante em plena época de testes, simulados e exercícios. Também notei que precisava melhorar/evoluir academicamente, e ainda me mantenho presa ao processo de atingir isso. 

Talvez eu não venha a postar todos os dias como antes faria, mas prometo que estarei por aqui. Ainda cumprirei a promessa de dividir com vocês minha estante literária e meu acúmulo de cinema. Mais uma vez, minhas solenes desculpas. Desaparecer sem deixar nem sequer um bilhete preso a geladeira é preocupante e desafiador. Não acontecerá mais. 

Vejo vocês futuramente. 

Um vago beijo, e que a sorte esteja sempre ao seu favor!