Após tanta espera, temos estréia prevista de A Menina que Roubava Livros para 31 de Janeiro. Para os fãs do drama escrito que não conseguem esperar até as telas de cinema, a internet nos foi mais rápida. No MegaFilmesHD já temos o filme completo, com qualidade de imagem consideravelmente boa e legendas (a desejar em algumas cenas, porém consegue lhe fazer entender). E como meu livro favorito, me sinto na obrigação de lhes compartilhar meus sentimentos sobre sua versão cinematográfica tão comentada. Ou pelo menos, minha visão leiga — humana, telespectadora, sentada no sofá de casa, sem nível profissional.
Não deixarei aqui a sinopse do filme, afinal eu já falei um pouco sobre o livro aqui. A história do filme é portanto a mesma do livro.
Assisti o drama de Brian Percival até o final dividindo o meu pensamento em dois. De um lado estava a minha opinião sobre um filme; e do outro, minha opinião sobre a adaptação de um livro.
SOBRE O FILME:
Primeiro de tudo: não é um filme sobre Hitler. É um filme sobre uma garota no cenário da velha Alemanha tomada pelo nazismo. O que diz com sutileza que, sim, você verá algumas cenas sobre a realidade da época, mas isto não se fará de tema principal. Não teremos a história do nazismo contada, nem uma ligação direta da Liesel (personagem principal) e o próprio Hitler. A ligação dos dois é basicamente a mesma ligação que o Führer obtinha com o resto da população “vítima”. Até aí, tudo bem, afinal deixou-se claro nos trailers e sinopses o real tema, o que fora abordado com fervor.
Preciso admitir que o início e o desenrolar é cansativo. Até que a história comece a acontecer e mostrar impacto para quem assiste — ou ao menos para mim — leva um certo tempo.
Sobre a atuação, achei intacta. No ponto certo. A trama envolve muitas crianças, mas seus desempenhos foram tão bons quanto os desempenhos dos adultos. O amor que é transmitido pelos pais adotivos da Liesel é tão intenso que me provocara vários arrepios em tempos curtos de pausa. É um amor real. Com as duas faces de: um pai bondoso e passivo, e uma mãe nervosa e intensa (o que acontece em demasia na família atual, mas talvez não necessariamente nesta ordem).
O final, medonhamente triste, como já era de esperar. Emocionou-me pelas cenas fortes, mas o que tirou-me lágrimas fora lembrar das páginas da narração incrível e comparar com o que eu estava vendo: minha imaginação antiga enquanto lia, na tela, em forma de filme.
SOBRE O FILME, como adaptação:
Aos primeiros segundos, quando escutei o narrador — morte — se apresentar, meu coração disparou. Achei que retirariam do filme a narração que víamos frequente no livro (e que pra mim era fundamental e o ponto mais diferencial a oferecer). Não pude conter um suspiro longo de doce alívio. Infelizmente, a narração não aparece com tanta frequência, mas ao menos, senti o gosto de estar realmente assistindo o que li. A Menina que Roubava Livros — o filme, trouxe a sua mágica.

Por fim, chorei como criança ao escutar o narrador dizer que os humanos o assombravam. Como deixei a perceber, o filme me deixara contente numa escala de cem, em oitenta.
Por Verônica Freire.
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